Você já ouviu falar na Ello, uma rede social que promete não fazer uso das informações de seus usuários para exibir publicidade? Pois saiba que ela é sucesso nos Estados Unidos apesar do acesso restrito, feito apenas por meio de convite. Lançada há cerca de seis meses, a Ello ganhou bastante destaque dias atrás por conta dos protestos da comunidade gay contra o Facebook motivados pela exigência do uso da identidade real no registro de seus usuários.

A Ello surgiu como uma opção à comunidade LGBT pois permite que seus usuários utilizem nomes fictícios ou artísticos. Diante das queixas, a rede social de Mark Zuckerberg decidiu permitir o cadastro de apelidos e nomes artísticos, mas não conseguiu impedir que o avanço do concorrente. Um dos fundadores da Ello, Paul Budnitz, afirmou que sua rede social chegou a superar 30 mil pedidos de acesso por hora. O visual da página é bem sóbrio e simples, e sua navegação se assemelha à do Facebook, com direito a histórico de eventos e compartilhamento de fotos e vídeos.

Parte do sucesso dela, na realidade, se deve ao posicionamento implacável diante de outras redes sociais, principalmente o Facebook. Em um manifesto publicado em seu website, a Ello culpa as grandes redes sociais de usar os dados de seus internautas como mercadoria, agindo como uma ferramenta para enganar, coagir e manipular. O manifesto faz mais acusações. Diz que a rede é controlada por anunciantes e as mensagens trocadas e os links compartilhados são monitorados, registrados e convertidos em informações que, por sua vez, são vendidas aos anunciantes. “Você é um produto que está sendo comercializado”, acrescenta a mensagem, que encerra afirmando que uma rede social pode ser uma ferramenta de empoderamento, um ambiente para conectar, criar e celebrar a vida.